Brindemos o luto do amor que nunca existiu
Brindemos aquela quase infinita dor que se alojou no peito
no dia que você partiu
Brindemos as constantes e laicas despedidas
Brindemos o nunca, o adeus, as mais profundas feridas.
Brindemos o que nos limita
Brindemos a revolta que nos capacita.
Brindemos as percas e o vazio que ela gerou
Brindemos os surtos existenciais diários que nos enlouquece.
Brindemos a manhã seguinte que sempre chega
sem ao menos solicitar
Brindemos o ontem, um dia que conseguimos da morte furtar.
Brindemos com o gosto salgado das lágrimas que teimaram em surgir
e depois de tantos brindes, decidamos, vale a pena continuar ou desistir.......
Adaptação do poema "Brindemos" de autoria de Deusa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário